O TOQUE | VI ENCONTRO DE TUNAS RURAIS DO MARÃO E DO ALVÃO


No passado dia 16 de novembro decorreu, no Auditório do Centro Escolar de Lordelo, O Toque - VI Encontro de Tunas Rurais do Marão e do Alvão, uma iniciativa do Arquivo de Memórias em articulação com as Câmaras Municipais de Vila Real, Santa Marta de Penaguião e Amarante que surge no sentido de sensibilizar e promover a riqueza patrimonial deste género de tunas, dinamizando as que se encontram ativas, reanimando aquelas cuja atividade cessou ou, ainda, apoiando a criação de novas.

O evento, que contou com momentos musicais a cargo das Tunas de Bisalhães, Campeã, Ansiães, Carvalhais e Soutelo, recebeu, na mesa de abertura, a presença da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Vila Real Mara Minhava, da Vice-Presidente da Câmara Muncipal de Santa Marta de Penaguião Sílvia Silva, de Salustiano Lopes, em representação do Arquivo de Memórias e Jorge Castro Ribeiro, professor na Universidade de Aveiro.

Neste encontro, espaço privilegiado para o convívio e trocas de experiências entre os elementos das diversas tunas, foi também comunicada a conclusão do estudo de investigação sobre as Tunas Rurais do Marão e do Alvão, dando-se assim mais um passo firme rumo à sua inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI).

Para Mara Minhava, “esta inscrição reveste-se, assim, de grande importância não só porque reconhece formalmente o valor cultural e histórico das Tunas(que faz parte da identidade coletiva da comunidade local), mas também porque atribui uma proteção legal que ajuda a preservar e a promover estas manifestações culturais para as gerações futuras. Tendo em consideração o estudo feito e a possibilidade de se extinguirem algumas Tunas, a inscrição em apreço pressupõe um Plano de Salvaguarda Urgente”.

Recorde-se que este é apenas mais um exemplo do trabalho de inventariação e de preservação do património, quer material, quer imaterial, que tem vindo a ser feito. Assumindo-se a cultura como um bem essencial, o património cultural desempenha um papel preponderante na identidade dos indivíduos e das comunidades, pelo que é fundamental a sua proteção e valorização, como forma de garantir o seu usufruto às gerações futuras, perpetuando-se, assim, a nossa herança cultural.